Unicamp, CEF e HES-Unicamp assinam convênio de construção da CPN

O reitor da Unicamp. Marcelo Knobel, o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Diego Carraro e o Superintendente do HES-Unicamp, […]

Autor: Caius

O reitor da Unicamp. Marcelo Knobel, o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Diego Carraro e o Superintendente do HES-Unicamp, Luis Roberto Lopes assinaram nesta terça-feira (18/12), no gabinete da reitoria, o convênio para a construção do primeiro Centro de Parto Normal (CPN) da Rede Cegonha do Ministério da Saúde no interior do Estado de São Paulo.

Os recursos para a construção foram viabilizados através de uma emenda parlamentar de R$ 750.000,00 indicada pelo deputado federal Vanderlei Macris, que esteve representado pelo assessor Danilo Godoy. A nova área com 250 metros quadrados terá cinco quartos individuais, chamados PPP (pré-parto, parto e pós-parto) com banheiras individualizadas e será conjunta ao Centro Obstétrico do HES-Unicamp.

Acompanharam a reunião e a assinatura do convênio, o chefe de gabinete, Joaquim Busttorf, Lair Zambon (NACSES), Maurício Perrout (HES-Unicamp), Dulce Zanardi (HES-Unicamp), Flávio Gavazza (Gigov-CEF) e as arquitetas Tenesse e Mariana da Gerência Executiva e Negocial de Governo em Campinas (CEF).

O Ministério da Saúde aprovou o convênio e a previsão é iniciar as obras no primeiro semestre de 2018. Além dos quartos individuais, a nova área será totalmente climatizada e contará com pontos de gases medicinais nos quartos, posto de enfermagem, salas de exames e corredor de circulação. A concepção dos CPN tem como modelo experiências positivas desenvolvidas em países como Holanda, França e Inglaterra e permite inclusive, mais de um acompanhante no quarto PPP.

Segundo a coordenadora do projeto, Dulce Zanardi, o diferencial de um CPN é a humanização e a melhoria da assistência à gravidez, ao parto e ao pós-parto, com um bem-estar e tranquilidade às gestantes. É a mãe, diz, que escolhe a melhor opção para dar à luz, sempre de forma natural, sem uso de medicamentos para o alívio da dor e com a presença dos acompanhantes de sua preferência. “A mulher se torna protagonista de sua própria experiência”.

Para aumentar o relaxamento e ajudar a aliviar a dor durante o trabalho de parto serão utilizados recursos como banhos de banheira e chuveiro, massagens e caminhadas. Além da banheira e chuveiro, outros artefatos serão disponibilizados para facilitar à assistência ao parto, como, por exemplo, bola suíça, banqueta de parto e balanço pélvico para que o nascimento ocorra em diferentes posições, conforme a escolha das mulheres. A expectativa é que o Centro de Parto Normal do HES-Unicamp realize entre 150 e 180 atendimentos/mês.

“Vale ressaltar que o CPN não realiza partos de gestantes de alto risco ou que apresentem pressão alta, doenças cardíacas, diabetes e gravidez de gêmeos, por exemplo”, esclarece Zanardi. A médica explica que os centros de parto são locais estruturados que se diferenciam do modelo padrão de centro cirúrgico, mesmo aqueles localizados em hospitais. “Nosso centro obstétrico continuará funcionando normalmente”.

Os Centros de Parto Normal (CPN), foram definidos em 1999, pelo Ministério da Saúde para atender parturientes e recém-nascidos de baixo risco. Além disso, a iniciativa do CPN pretende reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna – que apresentou queda de aproximadamente 50% entre 1990 e 2010, segundo o Ministério da Saúde – bem como as ocorrências de cesarianas, que ainda mantém taxas altas comparado aos países desenvolvidos.

Caius Lucilius